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sexta-feira, 15 de fevereiro de 2013

Inclusão de novos tratamentos no SUS dobra em 2012

Novos medicamentos do SUS são escolhidos por critérios científicos / Crédito de: Governo da Bahia
Comissão criada em 2011 acelerou a inclusão de novos medicamentos 

O Ministério da Saúde incluiu 29 medicamentos e procedimentos no Sistema Único de Saúde (SUS) em 2012, o que equivale ao dobro da média de incorporações feitas nos últimos seis anos. Esse foi um dos resultados da criação da Comissão Nacional de Incorporação de Tecnologias (Conitec), em 2011. Formada por seis órgãos de saúde, incluindo o ministério, a Conitec já analisou quatro vezes mais tecnologias do que a média entre 2006 e 2011. Mais de 20% delas foram aprovadas e estarão disponíveis na rede pública ainda no primeiro semestre deste ano. 

O primeiro começou a ser distribuído aos estados nesta semana: o oncológico trastuzumabe, usado para tratar o câncer de mama. Além dele, há as vacinas para hepatite A e tetra viral, medicamentos biológicos para artrite reumatóide e o antirretroviral maraviroque. “Com a Conitec, os usuários do SUS têm acesso mais rápido a novos medicamentos, de forma segura, uma vez que eles passam por rigorosa avaliação científica de especialistas”, afirma o ministro da Saúde, Alexandre Padilha.

Para aprovar uma nova tecnologia, a Conitec exige documentos e estudos que comprovem evidência clínica consolidada, eficácia, eficiência e custo-benefício dos produtos. O processo conta ainda com a participação da sociedade por meio de consultas públicas. Tais exigências criam a cultura nas empresas de apresentarem propostas a partir de estudos científicos que justifiquem seus produtos.

Rapidez - Apesar do enrijecimento dos critérios para aprovação, há rapidez no processo porque a Conitec respeita prazos para deliberação e oferta dos produtos. O pedido de incorporação de um medicamento com registro na Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) pode ser feito pela empresa fabricante, por um paciente ou entidade civil. A análise é feita em até 180 dias.

Após a recomendação favorável, o SUS tem mais 180 dias para garantir e disponibilizar a tecnologia à população. Esse prazo permite que o Ministério da Saúde elabore ou atualize o protocolo clínico (que orienta os profissionais de saúde) e faça a distribuição. A forma de compra pode ser centralizada, sob responsabilidade do governo federal, ou descentralizada, com subsídios de estados e municípios. Atualmente, outras 45 tecnologias estão em análise pela Conitec para possíveis incorporações mediante a elaboração ou a atualização de protocolos clínicos e as diretrizes terapêuticas. 

Investimento de R$ 1 bi reduz complicações

O investimento na incorporação de um maior número de procedimentos e medicamentos tem um impacto de R$ 1 bilhão no orçamento da rede pública de saúde e gera uma economia de recursos com a redução de casos graves. O percentual do gasto do ministério com assistência farmacêutica se mantém na mesma média dos últimos 10 anos. “O investimento atende a prioridade de garantir o acesso a tratamentos modernos, eficazes e gratuitos. Com isso, reduzimos as complicações decorrentes do agravamento das doenças, possibilitamos melhor qualidade de vida dos pacientes e reduzimos os gastos com internações e ações judiciais”, afirma o secretário de Ciência e Tecnologia do Ministério da Saúde, Carlos Gadelha.

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