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sexta-feira, 22 de fevereiro de 2013

Ex-presidente do ICS é condenado a 62 anos por desvio e peculato

Em 2006, Ronan Batista de Souza acabou preso em operação da Polícia Federal: contratos irregulares com empresas privadas
Um dos ícones do escândalo dos desvios de recursos do Instituto Candango de Solidariedade (ICS), Ronan Batista de Souza, ex-presidente da entidade que recebeu mais de R$ 2 bilhões em repasses públicos, está condenado pelo Tribunal de Justiça do Distrito Federal e Territórios (TJDFT) a 62 anos e um mês de prisão em vários processos em que foi denunciado por peculato e lavagem de dinheiro. Há duas semanas, a 5ª Vara Criminal de Brasília proferiu a mais recente sentença: oito anos e quatro meses de reclusão pela contratação de uma empresa de fachada, usada para desviar recursos repassados pelos cofres do DF. Encrencado em várias ações, a maioria já considerada procedente, Ronan é um homem livre. Apesar das penas impostas pela corrupção, ele aguarda o julgamento dos recursos fora da cadeia, em Brasília.

No último dia 4, o juiz Almir Andrade de Freitas condenou Ronan, outro ex-presidente do ICS Lázaro Severo Rocha e três empresários por peculato. Nesse caso, a Justiça analisou a contratação pelo instituto da empresa Kraft Consultoria e Informática, que, segundo o Ministério Público do DF, foi criada apenas como meio de transferir verbas públicas para o esquema. Aberta com um capital social de R$ 20 mil em 2 de abril de 2003, a Kraft recebeu, entre maio de 2003 e dezembro de 2004, R$ 2,4 milhões repassados pelo ICS. Segundo investigação do MP e da Polícia Civil do DF, a conta bancária da empresa serviu apenas como “meio de passagem e distribuição de recursos”. Do montante depositado, 84% foram sacados em dinheiro.

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