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terça-feira, 13 de novembro de 2012

De Olho na Política: Justiça veta drible à Lei da Ficha Limpa

O candidato é barrado pela Lei da Ficha Limpa e vai recorrendo, recorrendo, recorrendo, enquanto a campanha continua. Na noite do sábado, véspera da eleição, ele é substituído por um parente ou uma pessoa de sua confiança que não tem problemas na Justiça. Na manhã do dia seguinte, os eleitores vão às urnas e encontram ali a foto e o nome do candidato barrado. Votam nele, mas, na verdade, quem vai ser eleito e será prefeito é o seu filho ou o seu "compadre".

Foi o que aconteceu por exemplo aqui pertinho de nós, na cidade de Lagoa Grande, onde o candidato Robsom Amorim, incluído na lei do ficha Limpa (ou será ficha suja?).

Essa ação não se enquadra no Código de Defesa do Consumidor? Já que existe código para tudo devemos cria o CÓDIGO DO ELEITOR “A propaganda é enganosa (candidato enganoso) quando induz o consumidor (eleitor) ao erro, ou seja, quando apresenta um produto ou serviço (apresenta-se como candidato) com qualidades que não possui. É uma propaganda falsa. Deve-se distinguir a propaganda enganosa da propaganda abusiva (candidato abusivo). Esta é mais grave, pois induz o consumidor (eleitor) a se comportar de forma prejudicial. E em Lagoa Grande essa pratica prejudicou e vai prejudicar aproximadamente de 23 mil habitante”.

A juíza do município de Lagoa Grande, no Sertão de São Francisco, Ângela Mesquita Maranhão (81ª Zona Eleitoral), publicou, no sábado (06/10) - véspera da eleição -, edital que comunicou a substituição do candidato a prefeito pela coligação Frente Popular no município. Saia o socialista Robson Amorim, que renunciou à disputa depois de ser impugnado pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE), e entrou o novo candidato Dhonikson (Dhoni) Amorim (PSB), que é exatamente seu filho.

Parece ficção, mas é pura verdade. Em São Paulo, sete casos tiveram esse desfecho. Cinco desses candidatos foram substituídos no sábado, ou seja, um dia antes do primeiro turno das eleições municipais. Mas esse "drible" na Lei da Ficha Limpa corre o risco de ser anulado. Em decisão inédita, o Tribunal Regional Eleitoral (TRE) de São Paulo invalidou, no último dia 30, a eleição de Camila Lima (PR) como prefeita da cidade de Euclides da Cunha Paulista. Camila é filha de Maria de Lurdes Teodoro Lima (PMDB), e assumiu a candidatura no lugar da mãe, barrada pela nova lei de inelegibilidade, horas antes da votação. Lurdes teve o registro de candidatura negado por ter sido condenada por improbidade administrativa por mais de um magistrado, em segunda instância. Leia mais no Congresso em Foco.

Fonte: BlogQSP

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