No dia em que Duda depôs na CPI conhecida como CPI dos Correios, o
jornalismo de esgoto do eixo Rio-São Paulo e o príncipe dos sociólogos, Fernando Henrique Cardoso, consideraram que o publicitário
Duda Mendonça ia derrubar o presidente Lula. A aquela altura do campeonato,
apareceu a oportunidade de um impeachment. Eis que FHC, também conhecido como Farol de Alexandria da burguesia paulista
concebeu a “teoria do sangramento”, que entrará na História antes da “Teoria da
Dependência”, também de sua autoria.
A “teoria do sangramento” consistia no seguinte.
Ao ver Duda na CPI, falando com desenvoltura ter recebido dólares no
exterior e blá-blá-blá, Fernando
Henrique aconselhou os correligionários a esperar Lula sangrar. Não apressar o
impeachment de imediato, como sugeriu o Roberto Jerfesson, que naquele momento
da história recente da República, assumira o papel de paladino da moralidade
pública, embora não passasse de um delator.
Mas, esperar o Lula sangrar, sangrar, sangrar até ser derrotado nas urnas
pelo próprio FHC. A mídia comprou a rapadura e Lula derrotou o PSDB, mesmo com
o abalo.
Duda não fez nada de errado. Mas
acabou preso pela Polícia Federal numa rinha de galo. Crime menor. Agora, recebe a recompensa: absolvição no
STF, a corte que condena com base no “domínio do fato”. A História vai ser
recontada.
O segundo turno
E o “mensalão” vai ser o prato do dia do segundo turno, em São Paulo e em
João Pessoa. Não dá mais para descartar uma estratégia montada por meses para a
campanha eleitoral deste ano. Pela primeira vez, José Serra, aquele que a mídia
apresenta como a elite da elite, o mais preparado, o gênio da raça, corre o
risco de encerrar sua carreira política. Se vencer, volta a ser a última carta
da direita paulista. Se derrotado, será automaticamente descartado. Nem para
dar entrevista sobre genéricos e Aids será mais convidado.
Em João Pessoa, Luciano Cartaxo surfa na onda anti-ricardista que tomou
conta de João Pessoa. É visível um efeito dominó pró Luciano.
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