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sexta-feira, 14 de dezembro de 2012

Os quatro réus julgados pela morte de Jennifer são condenados pelo júri

A sentença foi anunciada pela juíza no final da tarde desta quinta no Fórum de São Lourenço da Mata, Grande Recife

Um beijo na boca de Ferdinando, seguido por afagos na cabeça, recebidos das mãos de Pablo. De roupa com estampa de cobra, relógio dourado no pulso e um ar invejável de tranquilidade, Delma Freire de Medeiros apresentava uma expressão de serenidade indestrutível depois da maratona de quatro dias e mais de quarenta horas sentada no banco dos réus. Nem parecia ter ouvido, minutos antes, frases fortes proferidas pela juíza Marinês Marques Viana, da Comarca de São Lourenço da mata no Grande Recife, que acabara de traçar um futuro tenebroso para ela e para a família. Após dois anos e dez meses da morte de Jennifer Maior Nadja Kloker, 22, às margens da BR-408, finalmente o martelo fez justiça para a jovem alemã. A mentora do hediondo crime ficou de cabeça erguida e de frente parta a magistrada para receber a notícia: pegou 32 anos de prisão por três crimes e deve ficar durante os próximos 11, pelo menos, atrás das grades. atrás de uma barreira de policiais militares, sentada numa cadeira comum num auditório lotado, suspirou. “Eu já esperava por isso.”

Assim como ela, dois de seus familiares, o filho e o pai adotivo dele, os Tonelli, do alto da frieza de quem matou por causa de seguro milionário, também foram informados sobre o destino: 25 anos e seis meses de cadeia. Sentença ouvida sempre de cabeça baixa. O irmão dela, Dinarte de medeiros, o homem que fez a ponte entre Delma e o executor dos disparos, Alexsandro Neves dos sanstos, que ainda será julgado, teve a punição mais branda, 14 anos e quatro meses de recsclusão, mas poderá ficar em liberdade até o trânsito em julgado da sentença. Mesmo assim, Dinarte foi o único que demosntrou ter ficado abalado. Ao levantar a cabeça, em poucos momentos, mostrava os olhos cheios de lágrimas.

Num dia arrastado e marcado pela grande expectativa em relação à dosimetria das penas, já que todos tinham confessado, a juíza de São Lourenço da Mata esperou até as 17h20 desta quinta (13) para dar a notícia do desfecho do caso Jennifer Kloker. Com um texto simples, direto, emocionante e bastante forte Marinês usou mais de 40 minutos para justificar os motivos que a levaram a aplicar uma face tão pesada de punições. “O crime foi cometido por causa de dinheiro, do seguro feito em nome da vítima para beneficiar a família. O crime foi cometido na frente de uma criança, deixando-a órfã de mãe, ainda pequeno, causando grande prejuízo para o seu futuro”, afirmou a magistrada. Com adjetivos fortes, apontou os condenados com personaliodade maléfica, fria e calculista. “Todos os jurados concordaram, sem restrições, com o pedido de condenação feito pelos promotores, foi um rime cometido com profundo dolo, articulado desde a Itália”, acrescentou.

Ainda em clima quente e para uma plateia atenta, o promotor André Rabelo, que atuou na acusação em parceria com a titular da Comarca de São Lourenço, Ana Cláudia Walmsley, pediu a palavra logo depois da leitura das penas para os condenados. O repreentante do Ministério Público de pernambuco solicitou o cancelamento de certidões de nascimento faslas de Pablo Tonelli. Ao longo do julgamento, o MPPE mostrou aos jurados que Delma Freire, para obter vantagens, providenciou, de forma criminosa, três registros diferentes para o filho. O rapaz tem três documentos com sobrenomes distintos. Também aparece com idade alterada, o que teria facilitado a adoção na Itália, quando ele já tinha mais de 18 anos, mas se dizia menor de idade.

O promotor também apelou para o envio de documentos para a Polícia Federal e para a representação consular da Itália a supensão dos passaportes de Delma, Pablo e Ferdinando e a notificação desse fato à Embaixada da Itália. “Ressalto a importância de a Justiça para Jennifer ter sido feita em sua totalidade”, declarou.

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