Uma
investigação aberta pelo Ministério Público Eleitoral (MPE)
contra o prefeito eleito de Lagoa Grande, Dhonikson do Nascimento
(PSB), e o vice, Roque Cagliari (PSDB), pede a cassação da
diplomação dois gestores. Segundo o MPE, o socialista e tucano são
acusados de abuso de poder econômico ou político, má fé e fraude
eleitoral. No dia da eleição, segundo o inquérito, aliados de
Dhonikson distribuíram camisetas, santinhos e panfletos à
população, além de fazer o transporte irregular de eleitores aos
locais de votação. À data, um carro foi apreendido pela Polícia
Militar, com propaganda eleitoral em seu interior.
A
promotora do caso, Rosane Moreira Cavalcanti, identificou a
padronização nas camisetas utilizadas pelos cabos eleitorais do
prefeito Dhonikson do Nascimento, o que caracterizaria propaganda em
favor do gestor eleito, além de indícios dos supostos crimes
eleitorais. No pedido, a promotora além de solicitar a
cassação da diplomação do prefeito e vice, pede também a
inelegibilidade de ambos por um prazo de oito anos. O
socialista foi eleito com 8.102 votos, 58,23% do total, frente aos
5.811 votos obtidos por sua adversária, a ex-prefeita Rose Garzieira
(PR)
“Identifica-se
o incomum trajar – sob o calor do Sertão – de duas camisas: uma
de qualquer outra cor e outra laranja, sobreposta, por vezes
pendurada sobre os ombros ou amarradas à cintura, a indicar que os
eleitores não saíram de suas casas vestidos com as respectivas
camisas alusivas à Frente Popular por Lagoa Grande”,
assinalou a promotora, no inquérito.
O parecer
favorável à cassação foi entregue na quarta-feira (16) à Justiça
Eleitoral. A ação, sob o número 451-76.2012.6.17.0081, será
analisada pela juíza da 81ª zona eleitoral, Anna Paula Borges
Coutinho.
Fonte:
Folha de Pernambuco
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