A Barbosa Escavações preparou o local usado como estacionamento da festa; funcionário do ex-senador admite a dívida de 30 590 reais
Ex-senador nega contratação de serviço (Márcia Gouthier/Folha Imagem) |
O serviço, realizado entre 5 e 13 de fevereiro, incluiu a retirada do mato, a demolição de uma construção e o nivelamento de uma área que seria usada como estacionamento. "Ele disse que não podia ter nem um centímetro de desnível, porque os convidados dele têm carro importado", diz Arquimedes Barbosa Júnior, dono da pequena empresa. Ele precisou contratar três caminhoneiros para auxiliá-lo no serviço. Agora, tenta receber os 30 590 reais que o multimilionário Estevão lhe deve.
Como prova de que o serviço foi prestado, Barbosa exibe notas fiscais e um boleto emitido por ele. O pagamento deveria ter sido feito pela Data, uma das construtoras de Estevão. Até agora, entretanto, o valor não foi repassado. Barbosa afirma que não consegue mais se comunicar com o ex-senador.
Boleto de pagamento do serviço assinado por engenheiro funcionário de Luiz Estevão |
Boleto – Estevão nega ter aplicado um calote e diz não saber do que se trata: "Não conheço esse Barbosa e não fiz esse serviço lá na minha casa". Seria, portanto, mais um caso de acusações trocadas – não fosse por um detalhe: um recibo assinado por Marcos Martins, engenheiro que trabalha para Estevão e fiscalizou o serviço.
Martins, empregado da Data, derruba a versão do chefe. Ele admite que Barbosa cumpriu o combinado, reconhece a dívida e diz que o problema será solucionado em breve. "O serviço foi feito normalmente. Ele já até apresentou um contrato. A gente vai ver se ele consegue receber", diz Marcos.
Enquanto tenta receber o que Estevão lhe deve, Barbosa tem ao menos o consolo de saber que não foi o único lesado: o ex-senador foi recentemente condenado a devolver 468 milhões de reais aos cofres públicos, como parte do processo aberto após desvios na obra do Tribunal Regional do Trabalho (TRT) de São Paulo. O episódio resultou na cassação do mandato de Luiz Estevão pelo Senado, em 2000.
Martins, empregado da Data, derruba a versão do chefe. Ele admite que Barbosa cumpriu o combinado, reconhece a dívida e diz que o problema será solucionado em breve. "O serviço foi feito normalmente. Ele já até apresentou um contrato. A gente vai ver se ele consegue receber", diz Marcos.
Enquanto tenta receber o que Estevão lhe deve, Barbosa tem ao menos o consolo de saber que não foi o único lesado: o ex-senador foi recentemente condenado a devolver 468 milhões de reais aos cofres públicos, como parte do processo aberto após desvios na obra do Tribunal Regional do Trabalho (TRT) de São Paulo. O episódio resultou na cassação do mandato de Luiz Estevão pelo Senado, em 2000.
Um lixo...
ResponderEliminar